sábado, 17 de janeiro de 2015

MUCOPOLISSACARIDOSE VII NO TERRIER BRASILEIRO (FOX PAULISTINHA)

Mucopolissacaridose VII  no Terrier Brasileiro

A Mucopolissacaridose VII  do Terrier Brasileiro  ou  MPS VII,  antes chamada de Osteogênese Imperfeita, é uma doença  que foi descoberta em 2012 por pesquisadores da Universidade de Helsinki na Finlândia, a mesma causa  um distúrbio esquelético fatal que atinge não só os exemplares de Terrier Brasileiros, mas também exemplares de outras raças caninas.
Onze doenças MPS diferentes já foram encontradas em seres humanos. As características típicas da doença incluem nanismo, anormalidades esqueléticas, características faciais grosseiras, córneas nubladas e crescimento excessivo dos órgãos internos.
A doença no Terrier Brasileiro é causada pelo gene GUSB, o qual também é responável pela MPS VII (síndrome de Sly) em seres humanos.  Os sintomas nos Terriers Brasileiros afetados assemelham-se aos da doença em humanos.
Esse distúrbio  é causado pela deficiência de uma enzima, a beta-glucuronidase, que é importante para o desenvolvimento e manutenção do esqueleto e das articulações. Esta enzima está presente nos lisossomas das células e é vital para a remoção e degradação dos glicosaminoglicanos/GAGs (componentes fundamentais na matriz extracelular, nos tecidos conectivos, cumprindo várias funções). A inatividade da enzima beta-glucuronidase em cães com essa doença, provoca o acumulo desses resíduos celulares, causando estragos no esqueleto, articulações e órgãos. A causa dessa doença é uma mutação genética recessiva que torna a beta-glucuronidase ineficaz.
A MPS VII no Terrier Brasileiro é evidente desde os primeiros dias do nascimento, não apresenta cura e leva à deformidade óssea das patas dianteiras e traseiras, impedindo a locomoção. Os sintomas ocorrem no início do desenvolvimento, depois de se notar dificuldade em andar ou de ficar em pé.
Um veterinário poderá realizar exames radiográficos evidenciando assim o problema em questão. A indicação médica, pelo menos até o momento é para que esses indivíduos sejam eutanasiados

Com base no estudo finlandes um teste de DNA foi desenvolvido tornando possível identificar os portadores e com isso planejar os acasalamentos sem riscos de nascimentos de indivíduos sintomáticos.
Um cão portador não é doente, mas carrega o gene, como a MPS VII é uma doença recessiva, recomenda-se que o indivíduo positivo sempre seja acasalado com um indivíduo negativo.
Dessa forma, com o passar do tempo à doença poderá ser eliminada da raça, sem ter de excluir cães portadores.

A Genoscoper Laboratories, sediada em Helsinki, Finlândia é a empresa que oferece o teste de DNA para saber se os cães são portadores ou livres.
É possível solicitar via internet um kit do teste (MydogDNALite) e recebe-lo diretamente em sua casa depois de alguns dias.
O teste contém dois tops que você esfrega no interior da bochecha do cão. Quando o swab secar basta colocá-lo de volta na caixa e preencher os dados do cão no local determinado.
Demora cerca de um mês antes de obter os resultados do teste. As respostas virão on-line no site da Genoscoperonde, onde você tem um login e senha com perfil de seu cão preenchidos previamente.
Se você quiser, poderá solicitar a seu veterinário para realizar o teste, obtendo assim um laudo do mesmo aumentando a credibilidade do resultado.
Encomende o seu teste no endereço a seguir: http://www.mydogdna.com/shopping-cart

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