segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

PANCREATITE EM CÃES




O pâncreas é um órgão comum aos sistemas endócrino e digestivo. Está localizado próximo ao estômago e ao intestino grosso e suas principais funções são: a produção de insulina e outros hormônios que regulam o metabolismo de carboidratos e secreção de enzimas digestivas que auxiliam na quebra de gorduras, carboidratos e proteínas da dieta ingerida. A pancreatite é uma condição dolorosa que resulta em inflamação (inchaço) do pâncreas, causando dor abdominal de moderada a grave.
Pode apresentar-se sob duas formas clínicas: aguda ou crônica. Enquanto a pancreatite aguda é definida como uma inflamação ou necrose nos tecidos pancreáticos ou peri-pancreáticos, que ocorre de forma repentina e com ausência de alterações histológicas permanentes, a pancreatite crônica é definida como uma doença inflamatória contínua do pâncreas, com a presença de fibrose e atrofia irreversível. Independente da forma de apresentação clínica, essa patologia representa alta taxa de mortalidade, principalmente por translocação bacteriana. Pode-se encontrar também a forma necrotizante ou hemorrágica e a forma purulenta ou abscesso pancreático.
A pancreatite pode  apresentar sintomas como: vômito, anorexia e dor abdominal. A doença pode ocorrer em cães fêmeas e machos de meia idade a idosos sendo menos comum nos de tenra idade. Algumas raças são mais predisponentes como: Schnauzer, Airdale, Poodle e Lhasa apso.


Alguns fatores também podem contribuir para o desenvolvimento da doença como: obesidade, dieta com altos teores de gordura, uso de fármacos (azatioprina, diuréticos, tetraciclinas, brometo de potássio, compostos estrogênicos, agentes quimioterápicos) e doenças intercorrentes (infecções, isquemia pancreática e uremia).
A princípio o exame utilizado para se chegar ao diagnóstico é a dosagem de concentrações séricas de amilase e lípase, as quais detectam apenas 50% dos animais que apresentam a doença. A amilase não é uma enzima específica do pâncreas sendo secretada também pelo pulmão, cérebro e duodeno.
O diagnóstico definitivo depende da associação dos resultados de concentração de lipase pancreática canina, imagens ecográficas compatíveis e manifestações
clínicas.

Durante o tratamento é importante manter o paciente sobre cuidados intensivos. Medicamentos que são comumente usados ​​para tratar a pancreatite em cães incluem antibióticos, analgésicos e antieméticos. Além disso é recomendado suprimir alimentação e água via oral por um período de tempo entre 2 e 5 dias, ou até mais se necessário, objetivando minimizar a sobrecarga pancreática. Dessa forma o suporte fluidoterápico se faz altamente necessário. A intervenção cirúrgica será necessária em casos de complicações intestinais ou inflamação grave do pâncreas.
Uma dieta específica e equilibrada considerando as quantidades de fibras e gorduras ingeridas se fará bastante necessária ajudando ao pâncreas a se recuperar.

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