Com o passar do tempo, a domesticação deu ao cão e ao gato o privilégio de ser os mais bem cuidados dos animais domesticados pelo homem. Isto significa que pode desfrutar da nossa comida, e também compartilhar os nossos maus hábitos. Com isso os animais acabam sofrendo com a obesidade assim como nós. Mas diferente de nós, eles comem o que lhes é servido, o que significa que os responsáveis pela obesidade dos cães e gatos, somos nós mesmos.
A obesidade em
cães e gatos é definida como sendo o acúmulo
excessivo de gordura, decorrente de alteração no balanço energético, no qual a
ingestão (consumo de alimento) é maior que o consumo calórico (gasto
energético).Atualmente a
obesidade é a desordem nutricional mais frequente tanto em cães como também em
gatos. Em todo o mundo a incidência da obesidade em cães varia entre 25 a 40%.
O aumento na incidência de obesidade deve-se principalmente ao sedentarismo em
que têm vivido os animais de companhia.Além disso, o
desenvolvimento de alimentos altamente calóricos e palatáveis para cães e gatos
contribui para o desbalanço energético que leva à obesidade.
De um modo geral, cães e gatos ficam obesos devido a
algum desajuste no sistema endócrino, no entanto, a maioria dos animais
desenvolve obesidade como consequência de excessos de alimentação. Poucas
pesquisas foram realizadas sobre os efeitos da obesidade em cães e gatos
portadores de doenças cardíacas, mas é provável que seja prejudicial, uma vez
que a obesidade apresenta efeitos adversos sobre as atividades cardíacas,
funções pulmonares, ativação neuro-humoral, pressão sanguínea e ritmos
cardíacos, conforme pesquisas realizadas com seres humanos e animais. Cães e
gatos severamente obesos e portadores de doenças cardíacas, após uma dieta para
perder peso, demonstram-se menos dispneicos (com menor falta de ar) e mais
ativos. A redução adequada do peso é uma tarefa difícil. As principais causas
de obesidade são: refeições diárias excessivas, atividade física insuficiente,
fornecimento de “restos” de comida ao cão, compartilhamento de doces com os animais
etc. É importante que todos os membros da família sejam informados sobre os
riscos da obesidade. Tenha certeza de que apenas uma única pessoa é responsável
pela alimentação. Existem inúmeras oportunidades para que os outros auxiliem na
missão de emagrecer o cão, como sair para passear ou brincar com ele.
Os cães podem ter necessidades energéticas muito
diferentes, dependendo de fatores como raça, sexo, pelagem, idade, atividade
física, estilo de vida e temperamento individual.Portanto avalie a necessidade
energética do seu animal.
Tente pesar seu animal pelo menos uma vez por mês (a
pesagem semanal é ainda melhor). Se ele estiver muito pesado para erguê-lo,
peça ajuda ao veterinário: O veterinário também pode ajudá-lo a identificar o
peso corporal ideal de seu cão e selecionar a nutrição de acordo com esse peso.
A idéia do
peso corporal não é o único meio de avaliar a situação. Ao olhar seu animal de
cima ou de perfil, você deverá ser capaz de visualizar a cintura com clareza.
Se a barriga estiver muito proeminente,é hora de tomar uma atitude.
Se você tiver dificuldades para estimar o peso corporal ideal de seu animal,
novamente peça ajuda ao Veterinário. Esse profissional será capaz não só de
estabelecer um peso-alvo, mas também de elaborar um programa de emagrecimento
totalmente adaptado. A perda de peso deve ser um processo lento e regular,
envolvendo não mais de 1% do peso corporal total por semana. O principal
objetivo é evitar o efeito rebote, muito frequente quando se perde peso com
muita rapidez.Como proprietários, somos responsáveis em zelar pela saúde de
nossos animais. Isso inclui o check-up regular do peso.
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