Pode parecer estranho, mais a
diabetes em cães e gatos nos dias de hoje é muito mais comum do que se parece.A variação média de idade para o aparecimento da
diabetes em cães é de 4 a 14 anos, com a maior parte dos casos ocorrendo entre
7 e 9 anos de idade. Embora os machos também sejam afetados pela doença, a
ocorrência em fêmeas é muito maior. Suspeitasse que algumas raças caninas possuem predisposição
genética para a diabetes, como: Keeshond, Puli, Cairn Terrier e Pinscher
Miniatura. Além destes, Dachshunds, Schnauzers Miniatura, Poodles e Beagles
também são bastante afetados pela doença. Qualquer cão, entretanto, pode
desenvolver diabetes mellitus Entre eles, podemos considerar a predisposição
genética, infecção, medicamentos, disfunção pancreática, obesidade, cio em
fêmeas não-castradas e doenças simultâneas.
A diabetes ocorre quando a insulina um hormônio produzido pela parte endócrina do pâncreas não é produzida ou quando o organismo produz pouca quantidade do hormônio.Devido a isso existem duas formas de diabetes melitus:
A diabetes ocorre quando a insulina um hormônio produzido pela parte endócrina do pâncreas não é produzida ou quando o organismo produz pouca quantidade do hormônio.Devido a isso existem duas formas de diabetes melitus:
- Diabetes Melitus tipo I onde o
animal precisa da aplicação da insulina.
-
Diabetes Melitus tipo 2 ou onde o animal não necessita da aplicação do
hormônio.
Aproximadamente 60% dos gatos diabéticos
possuem tipo I e 40% tipo II. Praticamente 100% dos cães com diabetes
possuem a doença do tipo I.
Sem a insulina para remover o açúcar do
sangue, ele começa se acumular. Quando esse açúcar atinge a corrente sanguínea,
ele começa a ser expelido pela urina.Devido à produção de muita quantidade de
urina, ocorre uma perda substancial de água pelo corpo, tornando-se necessário
beber muita água para repor o volume perdido, ocasionando a polidipsia e
poliúria.
Já as
células que precisam do açúcar como fonte de energia se ficarem sem acesso a
esta fonte, começam literalmente a "morrer de fome". Com isso enviam
mensagem de alerta que está faltando energia e o animal diabético começa comer
cada vez mais.Mesmo o animal comendo muito, as células continuam não tendo acesso
a energia e mandam novas mensagens de alerta ao organismo que começa perder
gordura e músculo para obter energia para as células.Os sinais clínicos dos
diabéticos refletem todo este esforço do organismo: os animais acometidos bebem
água em excesso, urinam em grandes quantidades, aumentam o consumo de alimento
e emagrecem muito.
O tratamento se
baseia na administração apropriada de insulina, dieta, programa de exercícios e
controle de doenças simultâneas.Fêmeas não castradas
precisam ter os ovários extirpados assim que a diabetes se estabiliza para evitar
perturbações no controle da doença, devido a variação dos hormônios
relacionados à reprodução. O Médico veterinário escolherá o tipo de insulina
apropriado para o cão. As fórmulas mais comuns de insulina são derivadas de uma
combinação de insulina de vaca e porco, de porco purificada e de insulina
humana modificada. Muitos costumam agora usam este último tipo por ser
facilmente encontrável. Os tipos de insulina incluem a cristalina normal, NPH,
PZI, lente e ultra-lente. O Médico veterinário vai indicar a dose unitária
específica de insulina com base em diversos fatores, inclusive o peso do animal
e o tipo da insulina. A meta não é obter o controle absoluto da doença, mas,
antes, permitir ao cão e ao proprietário se acostumarem com a nova rotina de
injeções diárias e alterações na dieta.O animal é re-examinado normalmente
uma vez por semana. É comum o médico veterinário reajustar o esquema de
insulina durante as consultas. As doses de insulina não devem ser reajustadas
em casa, a menos que o médico veterinário tenha dado instruções específicas. As
curvas glicêmicas e outros exames são necessários durante todo o tratamento
para que se possa monitorar cuidadosamente a resposta do animal ao tratamento.
Alguns cães se estabilizam com uma certa facilidade, quando respondem bem ao
tratamento. Outros animais demoram muito mais tempo, ou nunca se estabilizam,
especialmente se têm outras enfermidades simultâneas.
A
prevenção pode não ser possível entretanto, a manutenção do peso ideal do cão e
a introdução de exercícios regulares em sua rotina podem ser benéficas. Os
proprietários também devem prestar muita atenção ao que o cão bebe e come, bem
como ao volume urinário. Se notar qualquer anormalidade, o dono deve procurar
um médico veterinário. A detecção precoce pode facilitar o controle da doença
ou, pelo menos, evitar complicações graves.